quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Surto entrevista: These Days Bon Jovi Cover


Por Camy Diniz e Reca Silva

Sexta feira, centro de São Paulo. Na Rua Treze de Maio, recanto de alguns bares para amantes do rock ‘n roll a fila já se forma na frente do The Wall Café antes mesmo da abertura da casa. Uma faixa indica quem será a atração da noite: O These Days Bon Jovi Cover. Alguns integrantes do Surto estavam lá, para curtir o show e conversar com a banda.

A These Days é um dos grupos cover mais conhecidos do país, com uma extensa agenda de shows. Só neste semestre já estão confirmadas apresentações em Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo e em várias cidades do interior de São Paulo.

Dentro do bar encontramos “bonjovianos” de diferentes partes do país e do mundo. Sim, do mundo. No meio da pista, a equipe do Surto encontrou um casal de portugueses que prestigiava a banda. O show começou com “Runaway” e seguiu pelos inúmeros hits do Bon Jovi, revivendo por alguns momentos os shows de outubro do ano passado. A banda está atenta a todos os detalhes, desde roupas e instrumentos semelhantes aos da banda original até a postura de palco. Assim como nos shows, Richie, ou melhor, o guitarrista Carlos Cassim, assumiu o microfone na canção que nomeou o grupo.

Durante a apresentação, o vocalista Fernando, ou simplesmente Fefe como é conhecido, divulgou que aquele seria seu último show com a banda em SP. Fefe deixará o grupo para se dedicar as composições próprias e ao seu novo projeto, a banda Tudo ou Nada.

Após o show, a equipe do Surto foi recebida por Fefe Neil e Carlos Cassim, Jon e Richie respectivamente.

Jogo rápido:


Nome: Fefe Neil
Idade: 24 anos
Cidade: Itu
Músicas: Livin’ on a prayer, I’ll be there for you e Wanted dead or alive.
Site: http://www.fefe.com.br/





Nome: Carlos Cassim
Idade: 30 anos
Cidade: Campinas
Músicas: This ain’t a love song, Hey God e Stranger in this town.

(O Surto) Qual é a agenda de vocês para os próximos meses?
(Cassim) Ainda faremos shows em Santa Catarina, Paraná, Curitiba, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo e pelo Interior de São Paulo.

(O Surto) Vocês têm trabalhos “normais”? Ou outros projetos além da These Days?
(Cassim) Eu tenho um trabalho solo, o baixista da banda (Fábio, 27) tem uma agência de publicidade, o tecladista (Kilder, 26) é professor em uma escola de música, o baterista (Marcelo, 39) vive de musica, e o Fefe está trabalhando agora no primeiro trabalho solo e músicas inéditas dele na Banda “Tudo ou nada”.

(O Surto) Vocês viajam por todo o país com os shows. Como vocês conciliam a banda com a família, filhos e relacionamentos?
(Cassim) A família entende o nosso trabalho, afinal a gente faz o que gosta e, querendo ou não, lucramos mais que pessoas com “trabalhos normais”. Para mim é um pouco mais difícil eu acho, porque eu tenho um filho de nove anos que mora comigo.

(O Surto) Ele já é músico?
(Cassim) Toca bateria faz tempo. É... Ele gosta.

(Fefe) Ele fez até um site com os vídeos do filho tocando.

(O Surto) Como vocês se conheceram? Por que montar um cover do Bon Jovi?
(Cassim) Eu gosto de Bon Jovi desde 1995. Sempre quis ter uma banda desde esta época, mas demorou um pouco, pois eu queria achar um time legal. Então fui chamando as pessoas aos poucos. Antes da These Days tocava com o Sandro Bongionovi (vocalista do atual New Jersey Cover) que ainda é muito nosso amigo. Ele tocou comigo um tempão... E o Fefê tinha a banda dele, me chamou e eu comecei a tocar com eles.

(Fefê) É... Eu já tinha uma banda... A primeira banda de rock que gostei na vida foi Bon Jovi. Foi desde que eu assisti o especial “Bon Jovi Live From London” que foi apresentado pela Rede Record. Foi lá que eu “gamei”, gravei o Show em VHS e quase estraguei a fita de tanto que assisti, chegava a cinco vezes por dia. Foi aí que decidi tocar Bon Jovi e montei uma banda.
Um dia vi o Carlinhos tocar e gostei muito, parecia que faríamos uma parceria perfeita. Conversei com ele, falei da minha banda, e o convidei para tocar comigo. Ele aceitou, contando que eu tocasse na banda dele. Depois de um tempo acabamos formando um novo grupo, uma coisa só, que é o These Days.

(Cassim) A Keep The Faith, a banda que eu tocava com o Sandro chegou ao fim. Mudamos o nome para These Days, em respeito ao pessoal que deixou o grupo.

(O Surto) Queremos saber quais são as suas músicas preferidas...
(Fefe) É dificil escolher. Minha Top 3 – Livin’ on a prayer, I’ll be there for you e Wanted dead or alive.

(Cassim) – Pra mim são: This ain’t a Love song, Hey God e Stranger in this town do Sambora.

(O Surto) Falando em Sambora, vocês costumam incluir músicas dos álbuns solo do Richie nos shows?
(Fefe) Quando os shows duram mais e tocamos em dois sets gostamos de incluir algumas músicas do Richie.

(Cassim) Costumamos tocar Rosie, Stranger in the town, Hard times come easy... Tocamos várias.

Nota: No show do The Wall não houve tempo para uma música do Richie. Fica o pedido do Surto para a próxima apresentação em SP!

(O Surto) Acredito que vocês tenham ido aos shows em outubro. Foi o primeiro ou algum de vocês já tinha assistido alguma apresentação?
(Fefê) Claro que fomos. São Paulo e Rio e de pista vip, ficamos na grade!

(Cassim) Não, nunca tínhamos ido a nenhum outro show da banda, fomos “desvirginados” lá (Risos)

(O Surto) Além do Bon Jovi, há alguma outra Banda que influencia vocês?
(Cassim) Eu também canto e sou compositor. Porém por ser guitarrista gosto muito de Eric Clapton, Van Halley, Mr. Big, Richie Kotzen, Jimmy Page, Led Zeppelin, e alguns nacionais como Engenheiros do Havaí, Raul Seixas... Raul que, infelizmente, quase ninguém conhece como deveria. É conhecido como cantor para fãs loucos e drogados, mas não é nada disto...Raul vai muito mais além.

(Fefe) Bon Jovi, lógico (risos), Beatles que é a melhor banda do mundo, Led Zeppelin, que também é a melhor banda do mundo, Queen. Tem muitas bandas boas. Não como Bon Jovi, que morro pelo som, mas temos bandas realmente boas como Engenheiros do Havaí. Posso até falar do Fresno. Eles abriram o show do Bon Jovi e os admirei muito por tocarem mesmo com o perigo de serem vaiados, foram corajosos mesmo.
(Cassim) Concordo. Por exemplo: Se minha banda desse certo, que é o Cassim, ou a banda do Fefe, Tudo ou Nada, então o Bon Jovi volta e somos convocados a abrir o Show, nós seriamos vaiados da mesma forma. Qualquer banda mais nova seria vaiada no show do Bon Jovi. Só bandas mais tradicionais como o Capital Inicial, seriam respeitados. Eu admiro a coragem deles e ponto.

(O Surto) Alguma situação inusitada em algum show?
(Fefê) Uma vez, houve um Blackout enquanto tocávamos I’ll be there for you. Durante a música acabou a energia do bairro inteiro...
(Carlos Cassim) Eu tenho uma mania diferente de querer apagar os lugares que eu vou (risos). Eu apago postes, apago monitor de computador, queimo TVs. Tudo que fica perto de mim e tem energia queima. (risos). E então as luzes do bar apagaram do nada. O Som parou, não tínhamos guitarras nem microfones, mas continuamos, a galera em coro continuou cantando I'll a música inteira, só ao som da bateria.

(O Surto) Rola algum preconceito por vocês serem covers de uma banda consagrada, mas muito criticada como Bon Jovi?
(Fefe) Isto é o que mais rola. Até de covers de outras bandas, que costumam dizer que Bon Jovi é uma banda muito melosa, romântica. Costumamos tocar pra muitas mulheres na platéia sim... Mas eu não me importo! (risos) A gente faz o que a gente gosta, não é nem um pouco a toa.

(Cassim) Quando ouço uma crítica como essa, costumo perguntar para estas outras bandas quantos shows eles fazem por mês. Na maioria das vezes eles respondem “um ou dois”, e então eu faço questão de ressaltar que o These Days costuma ter aproximadamente doze. Não é realmente a toa este sucesso, as pessoas gostam, os bares contratam e a gente faz o que a gente gosta de fazer. Não há mentira alguma no que a gente faz.

(O Surto) Cassim, você é o responsável pelo site oficial do Richie Sambora no Brasil?
(Cassim) Sim, fui eu que criei o site. Inclusive ele foi reconhecido por um site europeu e um site americano como a página oficial do Richie Sambora na América do Sul. Eu não tenho nenhum tipo de anúncio ou propaganda, não recebo patrocínio algum para mantê-lo no ar. Os custos são todos meus. Fiz porque eu gosto e realmente sou fã. Cifrei todas as músicas dele, uma amiga traduziu todas as letras e o site está no ar até hoje.

(O Surto) Para terminar, o que vocês acharam deste último anúncio do Tico Torres sobre esta nova pausa prolongada da banda?
(Fefe) Eu achei muito boa a notícia. A banda está precisando de uma parada realmente e de mudanças de fase. Eu, particularmente, tenho esperado muito por trabalhos solos.

(Cassim) Acho natural que a banda tenha um tempo novamente, faz bem pra todos, até pra nós, fans. Estou bastante ansioso para um novo solo do Richie, ele ta mais "maduro" e isso pode resultar num disco com muitas canções verdadeiras, vamos ver...

Para saber mais sobre a These Days acesse: http://www.thesedays.com.br/


Quer conhecer mais dos outros projetos dos entrevistados? Acesse:

www.cassim.com.br/

www.fefe.com.br/

www.richiesambora.com.br/

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