Bon Jovi revê os dez anos de carreira
Uma das maiores bandas da década passada, o Bon Jovi sempre freqüentou as paradas de sucesso. A cada lançamento, por volta de três músicas estouravam rumo ao sucesso. Suas longas madeixas somadas aos atributos físicos, dois fatores de suma importância para quem faz hard rock, sempre enlouqueceram as adolescentes.
Passados os anos, o volume de hits era tanto que não tinha como fugir do lançamento de uma coletânea. Pois os saldos positivos destes dez anos de carreira estão resumidos em Cross Road (Mercury/Polygram). Para o vocalista Jon Bon Jovi, cujo sobrenome batiza a banda, o álbum com os maiores sucessos representa o final de uma etapa e o inicio de outra. Nesta entrevista, cedida pela Polygram, ele relembra o início da amizade com o tecladista David Child, que acabou sendo o embrião do grupo, e comenta alguns dos principais sucessos destes cinco rapazes de Nova Jersey.
Você e o Dave se conhecem há muito tempo. Como foi o primeiro encontro de vocês?
Jon Bon Jovi: Conheço o Dave desde os 16 anos. Estou com 32. Portanto, metade da minha vida. Tocávamos juntos numa banda chamada Te Atlantic City Express Way. Éramos menores e tocávamos em bares, mentindo sobre a idade. Chegávamos a fazer os deveres de casa nos palcos e camarins. Atraíamos público para as nossas apresentações na porta de saída. Numa dessas, o dono de um bar descobriu que éramos menores. Mas não pôde nos impedir de tocar, pois o lugar estava lotado para nos assistir. No entanto, proibiu que fosse servida qualquer bebida, inclusive água. Tinha medo que fosse confundida com bebidas alcoólicas. Daí, decidimos só ficar nos lugares onde fossem servidas bebidas. (risos).
Sobre o que fala “Living On A Prayer”, o single mais vendido da banda?
Jon Bon Jovi: São coisas que estão relacionadas com várias pessoas e com os caminhos da vida. Acho que todo mundo, de certa forma, se identifica na música. Todos nós já vivemos este momento de otimismo, quando chega alguém e diz: “Bem, as coisas não vão indo lá muito bem, mas temos um ao outro e vamos conseguir”. Acontece com todo mundo e comigo também.
Por que a decisão de regravar esta canção?
Jon Bon Jovi: Sempre nos questionamos sobre a possibilidade de incluir essa versão desplugada se fizéssemos um álbum ao vivo. Mas quando estávamos em Nashville, contratamos esse programador de bateria, para programar a nossa idéia, que era completamente diferente: sem baixo, um mínimo de guitarra e teclado e dois vocais. Uma versão bem diferente de uma bela música.
Queríamos a experiência da renovação, a reintrodução de uma música que todos já conheciam.
“You Give Love A Bad Name” tem uma história engraçada...
Jon Bon Jovi: Escrevemos a música no porão da casa de Desmond Child. Reunimos-nos com ele porque éramos tolos o suficiente para achar que, depois do nosso segundo álbum entrar na lista de ouro, e ver caras como Bryan Adams ficando rico compondo músicas para outras pessoas, nós queríamos isso também. Acabamos acertando uma música para o Lover Boy e compusemos esta canção. Porém gostamos tanto que decidimos ficar com ela! (risos).
E “I’ll be There For You”?
Jon Bon Jovi: Ela foi feita quando já tínhamos saído da casa dos nossos pais. Morávamos por conta própria e fizemos esta lá em casa. Era tarde da noite e estava meio influenciado pela lembrança de John Lennon. A letra fala sobre situações pessoais de ambos, mas de formas diferentes. O resultado foi uma música do Bon Jovi. É o tipo de canção que traz emoções nas quais todos se encaixam. É aquela coisa: quando estamos nos relacionando com alguém e, de repente, você estraga tudo fazendo algo errado. Acaba seguindo em frente, mas deixa aquele recado: “Se precisar de mim, estarei lá”...
“In And Out Of Love”?
Jon Bon Jovi: É apenas uma musica engraçada que escrevi no inicio de 1985, logo após a nossa primeira turnê. Tínhamos acabado de sair de viagens pelo mundo e estávamos super felizes. Eu havia engordado sete quilos e não tinha um tostão no bolso. Essa música eu fiz na casa de meus pais. Lembro que estava sentado no degrau da escada, o som ligado bem alto no meu quarto, a TV ligada na sala sem ninguém lá. E eu sentei na escada e escrevi essa daí... Rindo muito do ano que passara, da experiência que tivemos.
Essa entrevista é item de minha coleção de recortes de jornais,
e portanto, não possuo as referências de sua origem, a única
informação que possuo é de que o Jornal é de Curitiba…
Sell Oliveira
2 comentários:
Adorei Amiga, maravilhosa....
Bjus Re Castilho
Brigada minha linda...até me deu vontade de escrever outras...rsrsrs...bjovisss
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